O relâmpago capturado

 


 

O relâmpago capturado


Ele nasceu em Caracas – Venezuela, em 1889.

Com talento inato e precoce, logo foi viver em Madri, Barcelona (onde teve aula com o pai de Pablo Picasso) e Paris.

Em 1915 voltou ao seu país e em 1920 se ausentou do mundo para morar em Macuto, de frente ao mar do Caribe.

Ali, recluso no Castillete, uma cabana de pedra, palha e madeira, se tornou o grande Armando Reverón, um dos maiores artistas do século XX.

Passou o resto da vida ao lado de sua amada Juanita, suas musas de pano criadas por suas próprias mãos e da exuberante paisagem.

Reverón em uma verdadeira antropofagia de luz, capturava a luz do Caribe e a transformava em obras de arte em telas pintadas de forma furiosa e genial.

Reveron dizia que cada hora que passa tem uma cor diferente e se ajoelhava perante o sol que raiava para cumprimenta-lo.

Por usar instrumentos e materiais convencionais em suas obras, parte do legado se dissolveu na própria luz que ele capturou, dissolvidas também no sal caribenho.

Armando Reverón faleceu em 1954, mas este genial e extravagante artista encontra-se vivo para sempre em suas obras espalhadas no museus mais importantes do mundo do qual ele se ausentou e na luz do sol do Caribe que ele tanto reverenciou e capturou.


Rodrigo Ferret – 23/06/2020

 


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