Meu Deus! Se sua fé fosse uma utopia? Se no lugar de templos suas esquinas tivessem teatros? Se seu deus personificado fosse uma personagem? Se seus dogmas fossem poesias? Se sua prece fosse diálogo? Se seus bancos fossem plateia? Se seus profetas fossem dramaturgos? Se seus pecados fossem parte do jogo cênico? Se seus evangelhos fossem peças que nos mostram o caminho? Se sua luz fosse holofotes? Se seus sacerdotes fossem atores e atrizes? Se a vida eterna terminasse sempre em aplausos? Sejam bem-vindos ao nosso Reino Rodrigo Ferret – 03/08/2020
Mar a dentro Ver esses tubarões nesse pequeno aquário É uma das coisas mais tristes que há Nessas gaiolas de vidro Você pode imaginar como eles são na natureza Mas jamais irá sentir o que senti quando mergulhei com eles Mesmo que a certa distância A uns 3 metros Da caixa cênica Rodrigo Ferret – 04/12/2020
Credo Como é difícil a dor da tua ausência Não estamos preparados para encarar É desconfortável deitar a noite e não te ver mais como antes Uma triste, perfeita e perversa alegoria Não que você não exista Existe! No ar que eu respiro, na chuva que cai, no vento, no sol que nasce a cada dia No coletivo, tão individualista que te dissipa, como a chuva que cai, no vento, no sol que se põe a cada dia Rodrigo Ferret – 04/12/2020
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