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Mostrando postagens de maio, 2021

Brasa, sangue e terra

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  Brasa, sangue e terra Tua bandeira deve ser como brasa Como o sangue derramado em tantos genocídios Como a terra da tua capital Nada disso é verde e amarelo Tuas matas desmatadas Teu ouro roubado São apenas falsas desculpas Para homenagear as cores do colonizador Rodrigo Ferret – 05/05/2021 Foto: Valter Campanato

Status quo

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         S tatus quo      Roubaram as terras      Aniquilaram a vida originária      Fundaram a “civilização”      Catequizaram      Colonizaram      Escravizaram      Se perpetuaram      Muitos anos depois      Continuam a ensinar que tudo isso era natural      Orgânico      Covardias e crimes dos mais diversos      Aceitos como bravura      Enquanto a luta verdadeira, tratada como mera revolta e indignação      E nossos verdadeiros heróis jogados ao ostracismo     Rodrigo Ferret – 05/05/2021

Amigos (im)prováveis

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  Amigos ( im ) prováveis Criei um novo hábito Para isso estou aprendendo a ler em espanhol Me libertando da prisão que  é  nossa língua  Quase um código de guerra Todas as noites tenho jantado com Eduardo Galeano O maior de todos os escritores Frequentando suas casas Acompanhando suas viagens Observando o observador Uma vida dedicada A ser a voz dos que nunca tiveram voz Estar com você, mestre, é uma festa  Latino Americana Ao lado deste gigante Frequentando suas ideias Acompanhando suas viagens Rodrigo Ferret – 05/05/2021 Quadro: Ricardo Celma (Argentina)

Basta!

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  Basta! Nosso cotidiano virou um relicário Mais lembranças que viver Não há um dia de paz nesse triste país As redes sociais parecendo obituários Mais gente falecendo que nascendo Não há um dia de paz nesse triste país A casa, asilo inviolável, virou nosso casco Andamos com ela agora para todos os lugares Não há um dia de paz nesse triste país Um futuro cinza, Tragédias diárias Ciclo que precisa imediatamente ser rompido Não há um dia de paz nesse triste país Rodrigo Ferret – 05/05/2021